domingo, 8 de agosto de 2010

The Moon;

Há poucos momentos na minha vida que eu paro para aprecisar o céu, o Sol, a Lua, as colinas, o verde extenso, o canto dos pássaros, a suavidade de seu pouco em galhos instáveis, as plantações, os rios e riachos e lagoas... na vida agitada da cidade grande sobra pouco (ou nenhum) tempo para isso, e aí eu ocupo esses momentos com livros e internet. Bem, na cidade grande há tanta poluição que observar um céu limpo não é possível e os pássaros fogem para o interior, em busca de paz e ar puro. Mas nem nessa paz toda eu consigo me desprender de tudo o que deixei em minha casa. Ciúme, preocupações, tudo o que me persegue a todo lugar, não me deixa nem num lugar bonito como este. E o pior é que não posso deixar transparecer, e às vezes é o que mais exige meu esforço: esconder meu estado de espírito. Resolvi escrever ao mesmo tempo que vejo essa paisagem e fico cara-a-cara com a brisa crepuscular, que me ajuda a espairecer. Queria ser como um pássaro, às vezes... poder confiar o bastante em minhas próprias asas e em minha força para alçar o mais alto dos vôos, ter segurança da natureza ao pousar num galho instável e ainda assim, mesmo vendo-o balançar violentamente com o vento, não ter medo de cair e me machucar.
Aqui, nesta paisagem, existem poucas habitações ao alcance do meu olhar e, ao longe, animais pastam tranquilamente em um pequeno campo. Eles devem se sentir bem, e acredito que não serão levados para o abate. Ou assim esperam. E é isso que me faz refletir sobre a vida e seu sentido. Para nós, humanos privilegiados, somos criados para estudar, iniciar uma carreira, nos apaixonar, casar e dar continuidade à linhagem. Ou assim é o plano inicial. Já com os animais, a vida é mais cruel. Eles nascem premeditadamente para morrer e servir de alimento para nós. Será isso justo? Para mim, não.
Mudando totalmente de o rumo desta prosa, de novo, preciso dizer... olho a Lua e me admiro com sua beleza. Ora, para mim, a Lua é bem mais bela que o Sol. Ela tem uma beleza mais discreta, singela, mas que contrasta muito com o azul-marinho do céu à noite; e o mais simples é, muitas vezes, mais elegante e belo que o extravagante. O Sol pode ser bonito, mas não provoca um grande contraste com o céu claro e, mesmo que seja ele a manter a vida na Terra, é a Lua a cúmplice dos apaixonados. A Lua deixa que as estrelas (invisíveis na luz do dia, mas sempre presentes) apareçam e estrelem nossos olhos, fazendo-os brilhar de encantamento.
Lua... traga à nós sua beleza e, em troca, lhe oferecemos nosso deslumbramento.

24/07/2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Futuro;

Hoje mesmo estava pensando na carreira que escolhi aos nove anos. Sonhei e sonho tanto com ela, que não consigo me imaginar exercendo outra profissão. Artes é uma paixão, teatro igualmente, e juntando os dois, descobri o que quero ser. Atriz. Pensei na possibilidade de isso não dar certo, por mais desagradável que seja... acho que seria uma pessoa realmente frustrada e infeliz se meu sonho não desse certo. Eu provavelmente escreveria livros e/ou viraria psicologa, mas nada disso iria me deixar 100% em paz comigo mesma. A carreira que escolhemos é algo muito importante, e precisamos de um preparo. Para a profissão que quero seguir, aulas de teatro são fundamentais. Já fiz algumas peças, pequenas coisas que ao menos provam se tenho ou não talento, e espero para começar a fazer aula desde os nove anos. Ano que vem, provavelmente, começarei (ou, se tudo der certo, este ano mesmo). Eu sei que parece loucura achar que já decidi, sendo que não sei nem se tenho talento, mas é algo com o qual eu me acostumei a sonhar. É algo que sei que me faria feliz, porque a primeira e única aula de teatro que eu fiz na vida me senti como nunca havia me sentido antes. Por ser tímida, muitos duvidam que eu possa prosperar, mas nessa aula eu conhecia apenas uma pessoa (que, aliás, era a primeira vez que eu via pessoalmente) e mesmo assim me senti tão acolhida e desinibida que tive mais certeza ainda de qual é o meu sonho. Penso que, para seguir essa carreira, não posso pensar muito no dinheiro, porque estou ciente de que teatro não dá muito dinheiro, principalmente para iniciantes anônimos, e é isso que tenho em mente: não pensar em dinheiro. Sonho em fazer peças acessíveis a todos, dos mais ricos aos mais pobres, para poder trazer alegria a todos os corações, sem essa diferença de classe social. Todos merecem usufruir do lazer e, hoje em dia, as peças de teatro são muito caras, e pessoas de baixa renda não têm a oportunidade de dar boas risadas por conta de uma peça e, por isso, sonho em poder fazer peças, sejam elas pagas ou não. Enfim, sonho apenas em me realizar e plantar sonhos nos corações das pessoas, através da dramaturgia.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Eternal love;

Eu tentei, de alguma forma, negar esse sentimento. Tentei esquecer, me dobrei em mil pra deixar você de lado. É claro que eu não consegui nem fazer de você uma pessoa menos importante; ao contrário, tentando te esquecer, só consegui me provar que você é inesquecível, e aí eu te amei zilhões de vezes mais. Eu costumava te chamar de meu diego... meu coração ainda te chama. E esse "meu" não quer dizer que eu tenha esperanças de casar com você nem nada parecido, esse "meu" está além da compreensão de qualquer pessoa, até de mim! Em tempos sombrios você foi a minha luz, minha salvação, o que me manteu lúcida e me impediu de enlouquecer de dor. Seus olhos, seu sorriso, sua risada, sua VOZ... por muito tempo foi motivo só de alegria. Agora é, muitas vezes, de tristeza. Eu tenho medo de te ver, de te ouvir. Tenho medo de querer voltar ao passado... eu me repreendo por ter feito disso tudo uma dor. Dor calada, algo que ninguém pode compreender. Dói, sufoca de uma maneira inacreditável! Mas às vezes eu preciso sentir essa dor. Ela me prova que você existe, que você foi (e é) algo fundamental na minha vida, prova que você apareceu na minha vida. Diego, eu te amo. De um jeito que ninguém entende, de uma maneira pura... de uma maneira admirável.
Even if you aren't here, I can feel you... with me.

PS.: postei esse texto no albúm que eu fiz pro Diego no orkut, mas, a pedidos, postei aqui também.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quem sou eu?

Sou estressadinha e mandona. Não gosto muito de ser contrariada. Odeio e não faço barraco, nem desço meu nível. Bebida alcóolica pra mim é algo totalmente inútil. Achei a propaganda da "Devassa" (cerveja) totalmente apelativa. Não sou a favor da legalização da maconha, mas se legalizassem não iria me afetar em nada. Mesmo não entendendo de política, odeio a política do Brasil. Tenho grande aversão à Lady Gaga e Justin Bieber, pra mim são pessoas que não acrescentam nada pra ninguém. Essa parada de colírios pra mim é totalmente perda de tempo, e tenho certa dó de quem os idolatra. Amo música. Quero morar no Canadá. Ler me deixa em paz, mesmo que o mundo esteja caindo ao meu redor. Eu amo muito meu namorado. Minha "família" é grande, mas eu considero pouquissimas pessoas como família de verdade. Sou ciumenta exageradamente, desde que me conheço por gente. Acho moda algo bem interessante. Quero ser atriz desde os 9 anos. Gosto de nadar, mas parei aos 12 anos infelizmente. Esporte não é meu forte, definitivamente. Gosto de olhos claros combinados com cabelos escuros. Apesar de amar coca-cola e chocolate, tenho certeza de que não conseguiria viver só disso. Eu me esforço nos estudos, mas mesmo assim nem sempre me dou tão bem quanto eu gostaria. A moda colorida às vezes me enoja, confesso. Cine, Restart, funk, axé, sertaneijo e afins estão fora da minha playlist. Tenho crises de fazer as unhas dia sim e dia não, e crises de roer as unhas e ficar nervosa quando não tenho unhas para roer. Eu me dou muito bem com meu irmão. Escrever é quase uma terapia nos meus dias tristes. Minha TPM costuma me deixar mais emotiva e sensível do que estressada. Não tenho costume de arrumar o quarto, mas me sinto claustrofóbica quando a bagunça está em todos os cantos. Eu admiro muitos atores e atrizes que na verdade não sei os nomes. Acho a novela das nove muito boa (ok, nem sempre). Não sei ser básica ao resumir um texto... muitas vezes meus resumos são os textos originais com outras palavras. Sou bem complicada, mas sou babacamente simples em outras coisas. Gosto de tirar fotos e de desenhar, mas em nenhum dos dois eu me destaco. Se me convidassem para ir ao teatro todos os dias, eu aceitaria todos os dias com o mesmo entusiasmo do primeiro. Sinto falta de muitas pessoas, mas sou muito covarde para fazer contato. Para mim, sinceridade é bom até certo ponto; pessoas que se dizem sinceras demais acabam sendo grosseiras. Traição, no meu ponto de vista, é imperdoável. Quando perco alguém, acho que nunca vou me recuperar, mas sempre me recupero (por mais que demore). Meu espirro não é nada parecido com "atchim"... acho que pode ser expresso, em palavras, por "atchow". Eu morro de medo de escuro e não vejo filmes de terror; se vejo, fico semanas sem conseguir dormir direito. Tenho medo também de quando as coisas estão muito boas... afinal, é mais que comprovado que "quando a esmola é demais, o santo desconfia". Quero muito fazer Artes Cênicas, de preferência na USP. Eu amo frio. Não me incomodo se me chamam de baixinha, pequena e afins; gosto de ser assim. Tenho uma enorme vontade de saber como serei com 30 anos, fisica e financeiramente. Gostaria de fazer mais pelo mundo e, em contradição, não vejo a hora de aprender a dirigir. Adoro comprar roupas, mas adoro mais ainda comprar livros. Eu como pão-de-queijo e tomo coca-cola se segunda a sexta. Não tenho um prato preferido. Poderia viver numa eterna noite, mas não num eterno dia; luz do Sol me incomoda. Não vejo a hora de falar inglês fluente e de ir pra Disney. Um dos meus objetivos de vida é ser vegetariana; ainda não o cumpri porque, da última vez que tentei, tive anemia. Eu não suporto igreja, missa e afins. Ter de ler poemas ou livros com português arcaico me dá nos nervos. Adoro tirar notas altas e receber elogios. Acredito em espíritos, colônias espirituais e em umbral. Acho as "divagações" da Clarice Lispector fantásticas. Diferentemente do meu professor de física, acho que Isaac Newton era um desocupado que só serviu pra complicar as vidas futuras. Pra mim, todos os Papas da história, inclusive o atual, têem cara de malvados. Não sou bipolar, de fato, mas mudo muito de humor durante o dia. Dependendo do dia, não gosto de ketchup. Eu uso o google tradutor regularmente. Adoro ir em shows, mas odeio os shows cheios de gente (fedida). Calor é tortura pra mim. Não gosto de molho branco, mamão e chá desde sempre. Sou miope, 1 grau e meio. Acredito em amores além da vida, vampiros, duendes, fadas, bruxos e outros seres considerados ficticios; afinal, quem provou que não existem? Gosto de decorar músicas em inglês; músicas em português só são interessantes em decorar quando têem um ritmo rápido. Tem meses que eu não fecho o twitter, e em outros eu nem abro. Costumo escrever quando estou triste. Muitas pessoas dizem que eu escrevo muito bem, mas eu concordo só com o mais ou menos. Gostaria de fazer facul de artes cênicas (já disse), psicologia e literatura. Sinceramente? Eu sei que tem muito mais o que escrever, mas não faço mais ideia do que posso por aqui. E, acreditem, pra me conhecer é necessário mais que ler isto, ou qualquer outro texto meu ou qualquer site de relacionamento que eu participo. Sei que não interessa pra muita gente ler tudo isso, mas eu gosto de falar de mim às vezes.

'cause I was all up in a piece of heaven while you burned in hell, no peace forever

segunda-feira, 1 de março de 2010

Aquilo que não tem nome;

Eu nunca me senti assim. Eu amo, mas me sinto encomodada com isso. Queria não amar, e queria que ele não me amasse. Nesses dias, tenho tido pouco tempo, tenho dado pouca atenção. Recebido mais, retribuindo menos. Não tenho dado amor, atenção. Mas tenho recebido isso e mais. Isso é o que me incomoda. Ele atura meus dias ruins, minhas respostas atravessadas, minha irritação por motivos bobos e nem os questiona. Acho que merece mais do que eu. E ele é a única pessoa capaz de fazer-me desistir do que me faz bem, pra fazê-lo bem. O problema é: eu não sei o que me faria bem, e muito menos o que lhe faria bem. Comigo tem sido ruim, sem mim seria pior ainda. E eu sei, ele diz. É difícil estar longe, mas antes me sentia perto. Agora me sinto distante de todos os jeitos. Não mais próximos. Não mais conectados. Me sinto cansada psicológicamente, cansada desse esforço pra todos os lados. Eu tento agradar... eu não consigo fazê-lo. Eu mal consigo respirar. Eu não tenho uma hora PRA MIM. Eu não consigo tê-la, ela fugiu de mim há muito. E o que fazer pra obtê-la? Não sei. Mas essa hora pessoal me falta. Até no banho estou pensando em qualquer coisa, qualquer coisa que não sou eu. Escola, ele, amigos, problemas, estudos, provas, brigas. Não consigo.
Sempre achei tudo isso tão complicado. Mas quando acontecia comigo, era fácil. Fácil porque eu não tinha que me dedicar, eu não amava tanto. Não era tão amada. Nada exigia de mim esses sacrifícios. Mas amor é isso, eu acredito. Acredito que amor é sacrifício. É deixar de ter, para dedicar. Tempo, tempo, tempo. Oh, eu queria dedicar tudo o que tenho! Ou nada! Queria oito ou oitenta. Mas não é possível, afinal de contas. Afinal de contar eu só posso doar metade e ter metade. Bom, pelo que eu disse, seria o certo. Mas eu dôo metade, e recebo inteiro. Isso me deixa encomodada. Me faz injusta, me faz cruel. Porém, o que fazer então? Não encontro mais tempo. Estudos. Amor. É disso que eu tenho vivido, e só isso. Meus amigos estão distantes... vejo poucos na escola. E do que eu preciso pra me sentir bem, então? Eu me sinto, com ele. Mas eu não tenho estado próxima a tal. E aí? Onde ela está? Ela: a resposta pra tantas perguntas. As respostas. Elas fujiram! Me sinto só... muito só. Essa distância emocional me mata, corrói e deixa-me precária de defesas. Meu coração grita. Ele está me deixando surda...
Mas quer saber? Passamos por piores. Muito piores. E eu vou superar isso, terei a ajuda dele. Sei que ele estará sempre ao meu lado, pra tudo. Mais que namorado, é amigo. Meu amigo, que se preocupa e deixa que eu desabafe. Ele é mais que meu porto seguro, é minha relação com a vida. Seus olhos são como uma janela pra a imersão em felicidade. Seu toque é como o toque de recolher do mundo... fica silêncio como a noite, e sobra só nós. Eu. Ele. Só isso, e não preciso de mais nada. Nada. A conecção se fez, amor. Se fez e é indestrutível. Só nós podemos quebrá-la, e não vamos. Indestrutível, irreversível. A transformação chegou ao fim, amor. Sem isso não seremos os mesmos nunca mais. Sua proteção faz efeito, amor. Ela me segura viva. Seu amor é meu escudo, querido. É eterno como uma estrela. Brilhante como uma também.
Ficaremos sempre assim. Juntos. Minha linha, a que me amarra ao mundo, é você... amor. Depois disso tudo, eu não preciso dizer "eu te amo" nesse texto né? Está implicito em cada palavra... você sabe.

"And that was the day that I promised I'd never sing of love if does not exist, but darling... you are the only exception (...) And up until now I swored to myself that I'm content with loneliness because none of it was ever worth the risk... but you are the only exception."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Difícil;

Eu deveria saber que nada me faria desistir disso, deveria ter avisado a todas as pessoas que se aproximavam de mim. E agora isso tá mais confuso e mais forte... principalmente mais forte. Se sentir amada, ver o quanto uma pessoa te ama e tenta transmitir isso só no olhar é algo maravilhoso. Ver que essa pessoa não tem vergonha de demonstrar de todas as formas o quanto te ama e não quer te perder é lindo. Saber que todos percebem o quanto essa pessoa te ama, só pelo jeito que ela te toca e te olha é espetacular. Enfim, ser amada é a melhor sensação do mundo. Amar... bom, amar incrementa tudo isso. Olhar, tocar, sentir, demonstrar. Fazer de tudo isso reciproco. Eu queria conseguir; não sei se faço isso com perfeição... mas tento. Percebi: eu não seria nada sem o que vivo hoje. Sem essa vida, sem tais pessoas, sem tais sentimentos. As minhas experiências são as mais deliciosas, até as de tristeza, porque são essas que me fazem aprender muito. Uma pessoa que te faz errar, inconscientemente, não merece punição nenhuma... ela não teve culpa! Só fez o que achou que te deixaria bem e feliz. Pensou mais em ti do que em si, e cabe a ti perceber como é lindo esse altruísmo. É lindo. É impossivel de se esquecer. Obrigada. Mil vezes, obrigada. Pelas sensações e sentimentos. Obrigada, vida. Obrigada por me mostrar tanta coisa! Me trazer tantas pessoas que fazem com que eu aprenda a cada dia mais. Obrigada por me machucar de todas as formas para que eu cresça. Eu sou uma pessoa melhor com tudo o que já sofri. Todas as minhas lágrimas eram o suor do seu trabalho arduo, vida. Seu trabalho era me ensinar, seu trabalho é me ensinar até seus ultimos dias. OBRIGADA VIDA, eu te amo mesmo quando digo que odeio.


They say that they don't see what you see in me. You wait a couple months then you gone' see... You'll never find nobody better than me. (How could you be so heartless?)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coração;

Por que ouvimos o coração bater? Não ouvimos outros órgãos trabalhando, quase nunca pelo menos. Mas o coração nós ouvimos sempre, até ele parar de bombear sangue pro resto do corpo. Pessoas mais racionais dizem que amamos com o cérebro, e não com o coração. E eu concordei com isso após ler uma justificativa interessante. Mas, agora, pensando bem, os dois trabalham juntos. A parte cerebral eu não sei bem como. Porém, tenho uma teoria sobre como o coração mostra sua participação obviamente aparente nesse processo. Ele dói quando alguém vai embora pra sempre, dói quando alguém te decepciona, dói quando alguém te trata mal. Bate mais rápido quando se vê alguém (mesmo que o cérebro possa ter comandado isso, como eu li na tal justificativa, quando é algo rápido talvez a informação nem chegue lá e vá direto no coração). Mas, voltando, por que o ouvimos? Porque ele quer mostrar que está ali. Feito para ser usado, ou seja, feito para amar. Mas mostra também que está ali, para que cuidemos dele. Para que sejamos cautelosos ao usá-lo, que não abusemos dele. Ele tem medo de ser quebrado muitas vezes, medo de ser tão partido que não possa ter forças para se recompor. E ele não quer isso. Nosso coração nos ama! Sim, ele nos ama! Ele nos dá vida, e todos os sentimentos bons de se sentir. Qual explicação a mais pra isso? Eu não tenho... ah, cuide do seu coração!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sentimento;

Estou aqui, com vontade de escrever mas não sei bem o que. Parei para prestar atenção no que estou sentindo, mas eu não saberia bem descrever. É amor, é confusão, é lisonjeio, é felicidade, é apego, é graça, é esperança. Mas é também tristeza, culpa, medo, tédio, desconfiança... muitas coisas. Por isso, o que sinto é, sem dúvidas, indescritível. E, contudo, não sei se me sinto bem ou se me sinto mal. Apenas sinto. E não tenho certeza se isso ajuda ou atrapalha minha vida. Talvez atrapalhe. Eu prefiro saber o que sinto, não gosto de ser "traída" pelos meus sentimentos. Eu deveria conhece-los melhor que qualquer pessoa, mas na verdade, acho que os conheço menos que certas pessoas (pessoas íntimas e próximas). Mesmo olhando no espelho, eu não sei ler minha expressão e meus olhos. Às vezes eu vejo angústia misturada com felicidade. Às vezes tristeza misturada com euforia. Nada de antônimos juntos. São coisas diferentes e sem nexo, coexistindo dentro de mim. Mas, a culpa sempre existe, por eu não saber mais sobre mim mesma. É horrivel não saber sobre seus próprios sentimentos. Coisas que estão ali, mais perto que qualquer coisa, mas são, muitas vezes, desconhecidas. Ou irreconhecíveis.
Quem sabe, mais uns anos de experiência e estudo, eu aprenda a reconhecer o que sinto.

"Ignorance is your new best friend".

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Estranhas consequências;

E se um dia eu acordar, e tudo que construi, emocional e materialmente, estiver invisível? Será que eu serei forte o suficiente para reconsquistar todos os amores, reviver todas as dores, sentir todos os sentimentos mais uma vez? Será que eu estarei disposta a ter de volta tudo de material que eu tinha, e que mesmo parecendo banal, me era importante? "Maybe yes, maybe no". Então, será que eu estava enganada no dia que disse que era forte e aguentava ultrapassar qualquer barreira? Mas o que faria tudo isso, tão importante para mim, se esvair da noite para o dia? Eu não sei. Você sabe? Pode tudo isso ser fantasia, e pode ser real. Para provar se as pessoas são realmente fortes como pensam ser. Ou como outras pessoas dizem que elas são. Viveriamos sem algo emocional ou material para nos apegarmos? Sim. Viveriamos muito mediocre e pobremente. Não seria uma vida, porque vida é feita de prazeres. Amores, sabores, dores, gostos, gestos, provas, emoções. Principalmente o ser humano. Que é feito, praticamente da fibra da pele ao cerne dos ossos, de emoções. Fortes emoções. Que podem machucar, acalmar, curar, arrebatar, abalar, massacrar, encantar, maravilhar... Inúmeras consequencias são acarretadas. O ser humano vive à beira das consequencias. Pois bem... Quem puder compreender de fato, sem dúvidas, essas perguntas e argumentos, não deve ser humano. Somos cheios de dúvidas e medos, ninguém é tão perfeito ao ponto de saber de tudo (ou tão arrogante para achar que sabe). Eu estou longe de saber metade das coisas desse mundo. E você também.

Dias ruins;

Há dias não vejo a luz do Sol. Mas prefiro assim. Ele machuca, finje uma alegria exterior que na verdade, no meu interior, não existe. Prefiro ficar em casa, com a janela fechada, a luz apagada, mas os olhos abertos para não ver o que não quero por trás da escuridão de minhas pálpebras. E se eu fechar os olhos, perceberei nitidamente o quanto meu coração bate a espera de alguém que tape o buraco que outra pessoa causou. Alguém que mate o monstro da saudade que arranha as bordas desse buraco toda vez que alguma lembrança do passado invade minha mente, trazida por esse monstro só para que ele se alimente de minha da minha dor, da minha agonia.

(11.12.08)